Até semana passada não sabia que existia um país cujo nome é Mianmar.
Pesquisei no Google Earth (“mianmar” lat=21.913965, lon=95.956223) e vi, nas imagens do satélite, algumas imagens surpreendentes. Como esta:
Fiquei sabendo, pelas notícias dos jornais, que é um país em de muitos monges budistas, pelos quais tenho simpatia. Me parecem pacíficos, apesar de religiosos. É a única religião que não me traz, de forma imediata, a imagem da guerra. Ao contrário, parecem sempre estar lutando contra forças terríveis.
Pelo que apurei (no JB e na Folha), Mianmar tem 500 mil monges budistas. O país tem 53 milhões de habitantes. Os monges formam uma segunda força naquele país, atrás apenas do Exército. As crianças vão estudar nos monastérios para fugir da miséria. Mianmar é um país pobre. Antigamente, se chamava Birmânia. Parece ter sido colonizado pela Inglaterra. Rússia e China mantêm negócios militares com Mianmar. Os primeiros querem vender reatores nucleares para a ditadura que governa o país há 45 anos. Em troca de quê? Petróleo e gás, em abundância no subsolo de Mianmar.
A Folha conta a história de Mianmar, de forma resumida: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u332049.shtml
Os últimos dias em Mianmar estão quentes. Aumentaram o preço dos combustíveis e a população, com a ajuda dos monges, saem as ruas em protesto. Um fotógrafo japonês foi assassinado por tentar mostrar as imagens das detenções e da violência:
Acho que devemos contrapor as imagens que vemos pelo satélite e estas imagens da violência. É preciso colocar uma ao lado da outra. É mais um exemplo de como o Estado se sustenta à base da violência. Não há Estado sem morte.