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O não objeto: Flusser e Rulfo

18/10/11

Podemos ver as não coisas propostas por Flusser não apenas como a informação. Propomos pensá-las paradigmaticamente como a representação. Nossa cultura nos convida ao excesso de representações na forma do que Débord chamou espetáculo. Contrariamente a esse movimento, a arte contemporânea tem mostrado como as coisas só ganham sentido historicamente e de forma contingencial. Ao contrário do que a cultura do espetáculo deseja reiterar, alguns artistas tem tentado mostrar que é o uso e o sentido, muito mais do que a própria coisa, o que importa. Nas fotografias de Rulfo isso aparece de forma clara. Importante ressaltar que essa crítica não é a tentativa de um retorno à natureza ou à metafísica das coisas. Interpretamos esse movimento da arte contemporânea muito mais como resistência política, pois ele esclarece as motivações históricas e políticas dos lugares que as coisas ocupam em nosso mundo.

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