Tenho o prazer de fazer parte de um grupo que se reúne anualmente para discutir um romance tendo em vista a relação da psicanálise, do direito e da literatura. O Núcleo de Direito e Psicanálise, da UFPR, tem se mostrado um espaço aberto e interdisciplinar, como deveria ser todo espaço de debate intelectual abrigado numa Universidade Pública. Nessas reuniões, o debate franco e a troca de ideias não presta serviço às “igrejas” teóricas, nem tampouco assinam o famigerado “pacto da mediocridade” que demanda compadrio e cordialidade sem debate real. Quero expressar aqui, publicamente, meu agradecimento ao Prof. Jacinto Coutinho e aos demais colegas do grupo por me presentearem com essa oportunidade de troca cada vez mais rara no campo do saber universitário e das escolas de psicanálise.
Na reunião desse ano (2011), discutimos o romance O Leitor, de Bernard Schlink. A discussão foi excelente justamente por ter feito aparecer duas vertentes teóricas, duas leituras, do romance. Tentei capturar o essencial disso no meu texto que exponho aqui ao debate.
Aqueles que desejarem: leiam meu texto e mandem seus comentários. O debate está aberto!