Entre os anéis de Saturno, seguimos
entre o ínfimo e o infinito,
procurando novo tempo-espaço.
Entre os anéis de Saturno, sonhamos
o futuro para não sermos devorados.
Entre os anéis de Saturno, olhamos
as estrelas – e isto é sempre observar o passado.
Siderada, pequena enorme cela,
segue a arcaica cardiosonda
levada pela gravidade dos corpos,
entre a repetição e o inédito.
Entre os anéis de Saturno, esperamos
o encontro-impulso,
que nos leve do cisco ao colosso.
Entre os anéis de Saturno, ouvimos
o absurdo silêncio de uma explosão estrelar!
A Terra, vista de entre os anéis de Saturno, a partir da Sonda Cassini.
[https://www.jpl.nasa.gov/spaceimages/details.php?id=PIA21445]